Quarto do açúcar

Situa-se no último piso, com um ambiente açucarado em que só o branco predomina, quer nos móveis, quer nas paredes e no teto de madeira onde se destaca a estrutura de cobertura, num trabalho exemplar do carpinteiro da região.
A pequena janela existente tem uma vista fantástica sobre a vila e o Rio Lima, os Velux dão a luminosidade ideal para um cenário doce e tranquilo sobre todo o espaço amplo de aproximadamente 70 m2.
O açúcar era fornecido em sacos de 50kg colocado em caixotes de madeira e vendido ao público em cartuchos de 250g, 500g e 100g ao preço de 6$80 e 7$30 respetivamente o açúcar amarelo e ao branco. Este último era só para gente mais abastada porque era muito caro.

Quarto do sabão amarelo

Situa-se no 2º andar, quarto com cama de casal, com móveis antigos, lacados à cor amarelo.
Tem 3 portas de acesso a varandas, viradas à R. Cardeal Saraiva e Largo da Matriz, com vista deslumbrante para o Rio Lima casco histórico da Vila.
O sabão amarelo, também designado por sabão potasse, apresentava-se em barras de aproximadamente 40 cm que era partido em partes iguais com ajuda de um compasso e máquina de sabão, elemento que se encontra em exposição na mercearia.
Este sabão era geralmente utilizado para lavar chãos em madeira.

Situa-se no 2º andar, quarto com cama de casal, com móveis antigos, cor de madeira.
Tem uma porta e acesso a uma varanda virada à R. Cardeal Saraiva.
O Pimentão, também designado por “colorau doce” era muito usado para temperar as carnes e bacalhau à cebolada, era vendido avulso em cartuchos feitos na mercearia nas quantias geralmente de 50g a 250g.

Situa-se no 1º andar, quarto twin com 2 camas, os móveis lacados à cor do chocolate.
Uma janela virada ao Largo da Matriz.
O chocolate foi sempre um produto muito vendido na mercearia e na época privilegiava-se a venda de chocolate “A Vianense”, tabletes que custavam 37$50 o conjunto de 5 e aos “pauzinhos” 5 tostões cada, muito delicioso quando no meio do pão para lanchar. O chocolate de “A Valenciana” do tipo “R5”, cada pasta no valor de 4$90, era um chocolate mais grosso, ótimo para raspar e derreter no leite.
Os móveis do quarto transmitem a ideia de tablete a pasta de chocolate e do bombom no seu candeeiro de centro.

Situa-se no 1º andar, quarto de casal, com móveis lacados a branco e à cor de madeira.
Três janelas viradas à R. Cardeal Saraiva e ao Largo da Igreja Matriz.
O chá verde, vendia-se na mercearia avulso, geralmente nas dosagens de 25g (30$00), 50g (60$00), e 100g (100$00). As latas onde era guardado o chá estavam em exposição na mercearia.

Situa-se no 2º andar, quarto twin, com 2 camas, com móveis à cor de madeira.
Tem uma porta de acesso a uma varanda, virada ao largo de Igreja Matriz, com vista sobre o telhado da Igreja, casas vizinhas e Rio Lima.
A canela era uma especiaria muito vendida principalmente na época dos doces, fazendo a decoração das travessas de aletria, arroz doce, leite creme e rabanadas. Era vendida avulso, armazenada numa lata, que se encontra em exposição na mercearia com a relação dos preços na época dos anos 60: 50g (37$00); 100g (74$00); 125g (87$50).